Esta foi a quarta manutenção da taxa básica de juros após nove cortes seguidos
O Banco Central (BC) decidiu em sua primeira reunião do ano a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 2% ao ano. Essa foi a quarta vez consecutiva que o Comitê de Política Monetária (Copom) decide manter a taxa no menor patamar desde a criação da série histórica em 1996.
Com isso o Banco Central espera movimentar a economia que vem apresentando níveis de crescimento abaixo de esperado devido a pandemia provocada pelo corona vírus, o aumento dos preços das “commodities” e a valorização do dólar frente ao real.
Juros x Inflação
Essa manobra é uma ferramenta muito conhecida do mercado financeiro para tentar estimular a economia. De certo modo, quando a inflação está alta, o Banco Central aumenta a taxa básica de juros para frear o consumo, já quando a inflação está baixa, o Banco Central faz justamente o inverso com o intuito de estimular o consumo.
Fim do Foward Guidance
A decisão, embora já sinalizada pelo Banco Central e esperada pelo mercado financeiro, trouxe uma mudança: a retirada do “Foward Guidance”. Em outras palavras, é como se o Banco Central retirasse a promessa de não elevar juros, a partir de agora se as condições econômicas forem favoráveis as taxas podem subir, mas isso não significa que as taxas irão aumentar imediatamente, mas é um sinal de que o Banco Central está pensando em adotar uma política mais rígida em algum momento ainda no primeiro semestre desse ano, já que as expectativas de inflação estão próximas da meta.
Compra de imóveis
A manutenção da Selic em 2% ano é um alívio para a construção civil e o setor imobiliário nacional, visto que taxas mais baixas promovem o acesso ao crédito a uma parcela maior da população que agora podem realizar o sonho da casa própria com parcelas até 40% menores do que aquelas praticadas em 2016 quando a Selic estava acima de 14% ao ano.
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